EDUCAÇÃO ORGÂNICA



Educação Orgânica

Abordar educação como meio de obtenção de conhecimento, como instrumento de cooperação solidária, como apropriação de cultura, como via para a inclusão social, como base para a cidadania, como processo de formação do ser, em suma, a educação é o caminho cujo fim é a conquista de uma vida plena em significados. Pensando assim, o Ecoetrix Parquescola através de projetos como o “Educuidador”, que se destaca por propor uma formação integral a alunos e professores da rede pública, através de uma proposta que dispõe profissionais de diversas áreas, que integrem e cooperem para construção de uma escola dinâmica e solidária. No “Educuidador” e em todas as atividades do Ecoetrix, trabalhamos para praticar a Educação Orgânica, que nos orienta no sentido de entender a pessoa como um organismo vivo, complexo, conectado à natureza. Assim, quando realizamos nossos cursos e oficinas de Permacultura, Bioconstrução, Arte com Recicláveis, por exemplo, buscamos conjugar o aprendizado prático das técnicas com os valores que inspiram e regem nosso trabalho.
Quando realizamos um sarau artístico, quando promovemos oficinas de Permacultura, quando vamos às escolas compartilhar nossas experiências, quando realizamos uma feira solidária estamos transmitindo uma mesma mensagem: nós acreditamos na transformação.


sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Ecoetrix Parquescola participa do CONANE 2015



Aconteceu o CONANE 2015 -a segunda Coferência Nacional de Alternativas para uma Nova Educação,
em Heliópolis no CEU em São Paulo.

Muito educadores de todo o Brasil participaram para buscar inovações, ações que transformem a educação do modelo atual
ampliando e fomentando uma nova Educação no Brasil.

Muitos dos educadores presentes tiveram a oportunidade de expor as ideias e projetos, compartilhando e fazendo uma soma 
para que possa acontecer mudanças positivas na educação.

Havia um espaço ,com um varal onde foram colocadas frases e textos sobre a educação e as mudanças que podem e devem ser feitas. 

O Ecoetrix Parquescola esteve presente, Max Továr participou, apresentou propostas educacionais que já vem sendo colocadas em prática
na formação com educadores em São Tomé das Letras para Escola Orgânica.

A bagagem de conhecimento colhida nesse evento proporciona maior certeza de que o caminho é de mudanças, é de transformação.

Nosso amigo professor e Educador José Pacheco nos deu todo apoio nesse evento e vem nos orientando há tempos nessa missão
transformadora da educação ,visando uma maior interação entre as crianças e os educadores dentro de uma escola. Onde as crianças possam mostrar o seus talentos e desenvolvê-los plenamente.

O CONANE 2015 foi mais um passo marcando esse caminho para uma nova EDUCAÇÃO.

















quinta-feira, 22 de janeiro de 2015


EDUCAÇÃO ORGÂNICA

Aprendizado lúdico leva crianças ao Parquescola em São Tomé das Letras

Gugu Costa explica alguns princípios da bioconstrução para os pequenos

Educar de forma divertida e proporcionar um dia inesquecível para diversas crianças. Com esse propósito educadores da Colônia de Férias do Clube Pontec de Elói Mendes levaram cerca de 15 meninos e meninas, entre 7 e 12 anos,  ao Parque Educacional do Ecoetrix em São Tomé das Letras na ultima quarta-feira (21).   Os pequenos chegaram ao alto da Montanha do Cantagalo por volta das 11h. Foram recebidos pelos colaboradores do Ecoetrix que apresentaram o parque e com atividades lúdicas mostraram a importância de valores como sustentabilidade, cooperação e autonomia.

Reci-Cloclo foi uma das esculturas que prendeu a atenção
da turminha
Durante a tarde o Bioarquiteto Gugu Costa deu uma aula sobre bioconstrução para alunos e educadores. Para muitos esse foi o primeiro contato com a técnica.  Durante a atividade foi proposto o contato com os elementos terra e água para criar uma escultura e mostrar que o conhecimento pode ser adquirido de forma divertida.  Costa revela o apelo pedagógico da atividade, “reforçamos a importância de construir algo em grupo. Todos puderam criar algo novo cada um sabendo da importância do outro como parte do processo. Liberaram as tensões corporais e o mais importante fizeram tudo com alegria. Momentos assim são raros, significativos e marcantes.”,  ressalta.

Por volta das 15h o passeio chegou ao final. As crianças voltaram para Elói Mendes com muito mais que boas recordações. Para a coordenadora do Ecoetrix Marilaine Rabelo o ponto principal desta experiência foi comprovar, “que o aprendizado pode acontecer em qualquer espaço ou local e de forma atraente. A leveza e alegria que pudemos observar nesta tarde é a prova que a forma de educar deve ser revista.” A afirmação de Rabelo ganha força ao com o apelo do pré-adolescente Guilherme Moura. “Esse lugar é pura felicidade, queria morar aqui, queria que a escola fosse assim.”,  exclama.



Parceria entre Ecoetrix e Oficina do Ser vai trazer Escola Orgânica
para região
A partir deste ano tanto Guilherme quanto várias outras crianças vão ter a oportunidade de vivenciar uma nova forma de aprendizado. Em breve será inaugurado oficialmente o Parque Educacional em São Tomé das Letras. O espaço será dedicado a toda comunidade para uma educação lúdica. Uma parceria entre o Ecoetrix Parquescola e a Associação Oficina do Ser deve fazer do local a primeira Escola Orgânica da região. Mais informações sobre como colaborar com o processo de construção do parque podem ser obtidas pelo telefone: (35) 3221-9537 





quarta-feira, 20 de novembro de 2013


Presidente da Câmara recebe manifesto pela educação

Na tarde desta terça-feira (19) foi entregue ao Presidente da Câmara Municipal de Varginha, Leonardo Vinhas Ciacci o ‘III Manifesto pela Educação’. O pedido de socorro por melhorias na rede pública de ensino foi entregue pelo estudante Pablo Silva Prado. Ele cursa o ensino médio na Escola Estadual Deputado Domingos de Figueiredo (Colégio Industrial) e representou todos os alunos do município. Pablo aproveitou a oportunidade para expor as dificuldades de quem depende da rede pública de ensino e entregou o documento que além de solicitar melhorias na educação também aponta soluções possíveis para o setor.

Poder Legislativo

Na oportunidade Leonardo Ciacci, que recebeu o manifesto, além de ressaltar suas experiências como aluno da rede pública de ensino afirmou que, “o investimento de 25% do orçamento destinado a educação ainda é insuficiente para se formar uma nova sociedade com melhores conhecimentos.” O evento ainda contou com discurso da professora, Roselene Eduardo. A docente defendeu a importância da participação popular para a consolidação de escolas mais democráticas. Também houve apresentação artística de Flagging (arte das bandeiras) com o Flagger Tiago Tavares. O relatório foi elaborado por educadores de todo o país e entregue oficialmente às autoridades de nossa cidade no mesmo dia e hora em que o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o recebeu em cerimônia pública na CONANE/UnB, em Brasília. O objetivo do III Manifesto pela Educação é o de servir como instrumento para iniciar intenso debate nacional que aponte efetivas mudanças no setor.

Inclusão de arte na grade curricular seria uma
 alternativa para tornar ensino mais atraente.
Aluno do Colégio Industrial representa estudantes do município em ato solene

                                                                 Reivindicações em Varginha ocorreram no 
                                                                mesmo horário que o manifesto ao chegou 
                                                                    as mãos do Ministro da Educação, 
                                                                                 Aloizio Mercadante.












Biel Baum-Ensinando as crianças a se alimentarem direito.





JOSÉ PACHECO

O EMBAIXADOR DA EDUCAÇÃO HUMANÍSTICA
(por Marinho Fonseca)
Na noite de 20 de agosto rasgou o céu de Varginha uma estrela iluminada. Fique tranquilo quanto a isso o amigo leitor, pois não se trata de mais um “objeto voador não identificado”, ao contrário, este possui identidade, seu nome?! – José Pacheco. Certamente alguns leitores já ouviram falar sobre ele, por isso mesmo vale à pena refletirmos sobre sua trajetória.
Pacheco nasceu na cidade do Porto, e como bom português não sendo Joaquim foi batizado José. O principal de sua história se deu em uma cidade distante 38,5 km de onde nasceu, chamada Vila das Aves. A simpática cidadezinha, hoje com 12 mil habitantes, tornou-se um dos pontos mais visitados do país e isso em grande parte por causa de José Pacheco, ou melhor, da Escola da Ponte. Aves conta com uma rede hoteleira construída para receber as pessoas que vão até lá exclusivamente para conhecer a escola mais famosa do mundo.
Tudo começou na década de 70, quando a Escola da Ponte servia como “depósito de crianças e adolescentes”, nada muito diferente do que acontece nos dias de hoje em milhares de outras escolas mundo à fora. A situação da Ponte era bem essa: ali se encontravam os alunos que nenhuma escola aceitava e os professores que ninguém mais queria, ou seja, um ambiente perfeito para se fazer tudo – porque havia tudo por fazer – ou, pelo mesmo motivo, simplesmente cruzar os braços e não fazer nada. Pacheco ficou com a primeira opção e decidiu, juntamente com alguns poucos professores que também estavam dispostos a fazer alguma coisa, mudar aquela triste realidade. E eles conseguiram! Como?! Acabaram com as aulas formais, aboliram provas e testes, destituíram toda a hierarquia dentro da escola, enfim, botaram à baixo todo o velho sistema que há muito tempo não funciona mesmo. Em outras palavras, eles desescolarizaram a escola. Desconstruíram o modelo do século XVIII, que nasceu para atender a demanda da Revolução Industrial e é o que vigora nos dias de hoje produzindo milhões de analfabetos funcionais e, implantaram um novo sistema considerado por muitos como a escola do novo milênio.
Na Escola da Ponte os alunos escolhem o que querem aprender e os grupos de pesquisa são formados de acordo com os desejos, interesses e necessidades dos próprios alunos. Não há divisão por série ou idade, chamada, uniforme, sinal, grades nas janelas, muros intransponíveis que mais lembram prisões, aula de cinqüenta minutos e intervalo de quinze, enfim, absolutamente nada na Ponte lembra uma escola. Tampouco há professores, coordenadores, supervisores, nem mesmo há uma diretoria. Trata-se de uma autocracia onde tudo é decidido em conjunto com os alunos, inclusive as regras. Sim, há regras, e, acreditem, elas são cumpridas. Isso é o que se chama nos dias de hoje uma “não escola” – e o número é crescente, inclusive nos EUA –, mas Pacheco prefere o termo “comunidade de livre aprendizagem”. Guarde bem esta expressão, você irá ouvir falar muito disso nos próximos anos. E é bom que se diga que tudo foi feito dentro da lei, com responsabilidade, competência, embasamento teórico, mas principalmente com muito respeito e amor por aqueles alunos. Pacheco nunca deixa de enfatizar: “Criança não é cobaia!”
Evidente que tal mudança não se deu do dia para noite e a Ponte enfrentou grandes batalhas, mas os resultados obtidos quanto a aprendizagem eram tão surpreendentes que ninguém jamais conseguiu fechar suas portas, apesar de inúmeras tentativas. Hoje ela é a maior referência em educação moderna do planeta e seus alunos ocupam os primeiros lugares nos vestibulares das universidades mais procuradas.
Outro dado interessante é que a Ponte é a única escola do mundo com total autonomia de funcionamento, ou seja, não está subordinada a nenhuma secretaria ou governo. Poeticamente falando se tornou uma “Embaixada da Educação”. Um espaço neutro onde nenhuma política externa tem poder de interferir. Se bem que esta unanimidade está com seus dias contados, em poucos meses uma outra escola conquistará esta mesma autonomia, também graças à Pacheco, só que não em Portugal, aqui mesmo no Brasil, mas por se tratar de ano eleitoral o nome da escola ainda não foi divulgado, sabe-se apenas que é uma escola pública na cidade de São Paulo. Se a moda pega hein?!
Existem profissionais que foram alunos da Ponte espalhados por todos os lugares que se possa imaginar, desempenhando as mais diversas atividades, inclusive no Brasil, que diga-se de passagem, neste caso em especial é mais privilegiado do que qualquer outro país, simplesmente porque há 8 anos o próprio José Pacheco mudou-se para cá. O motivo?! Segundo ouvi de sua própria boca: ”A seara de trabalho no Brasil é vasta, há muito o que fazer!” – e ele parece gostar de desafios assim! E dessa “ponte” Portugal/Brasil muitos abismos tem sido transpostos e milhares de famílias se beneficiado. O mais interessante é que ele estava aqui bem pertinho de nós, vivendo em Belo Horizonte, só que agora por causa do Projeto Âncora mudou-se para Vargem Grande Paulista.
O Projeto Âncora é o que mais se aproxima da experiência da Ponte no Brasil. Concordo que a Escola da Ponte foi uma experiência única, não adianta querermos repeti-la tal como foi, mas a essência da “coisa”, a “alma” da Ponte, isso sim pode ser vivenciada em qualquer lugar do mundo e é exatamente nisso que consiste o Projeto Âncora em Cotia, SP. Um trabalho gigantesco, encabeçado por Pacheco e que se mantém sem ajuda governamental, com o apoio da iniciativa privada, de muitos voluntários, além de profissionais contratados – alguns de fora, mas a maioria “garimpados” ali mesmo na cidade e treinados por uma equipe do projeto– e com absoluta adesão da comunidade do entorno, o que engloba três grandes favelas da região. Quando digo profissionais de fora, não me refiro à estrangeiros, pois com exceção de um membro da equipe – além do próprio Pacheco – todos são brasileiros. E não pense o leitor que José Pacheco está apenas – como se isso fosse pouco – “ancorado” neste projeto não, pois há centenas de escolas no Brasil sendo orientadas diretamente por ele e sua equipe, com o apoio de suas respectivas secretarias de educação e amparadas pela legislação, como é o caso de São Tomé das Letras, Três Corações e Campanha, só pra citar alguns exemplos no Sul de Minas.
Em uma noite memorável, no anfiteatro do PROPAC Vila Barcelona, num evento organizado em parceria com o Parquescola Ecoetrix, totalmente gratuito e aberto ao público, José Pacheco falou por duas horas sobre suas experiências na Escola da Ponte e no Projeto Âncora, contou casos emocionantes de solidariedade e resgate da autoestima de crianças e jovens através de sua longa e legítima práxis educacional. Compareceram dezenas de professores de varias escolas públicas e particulares de Varginha, além de alguns membros da Secretaria de Educação do município. Todos sedentos por beber daquela fonte límpida de sabedoria e doçura. Dentre suas citações, falou em Eurípedes Barsanulfo, Dora Incontri, Lauro de Oliveira Lima, Sebastião Rocha... e em nenhum momento citou os teóricos estrangeiros, à não ser quando foi para chama-los de “fósseis da educação”, referindo-se à Piaget e Vygotsky. Provocador ao extremo, incomodando alguns com suas colocações arrebatadoras, Pacheco considera inadmissível o professor brasileiro conhecer mais sobre Piaget do que sobre Lauro de Oliveira, por exemplo, que segundo o próprio professor, há 50 anos já escrevia sobre tudo o que mais tarde se tornou a Escola da Ponte. Ao que parece é preciso vir um estrangeiro para nos dizer que precisamos dar mais valor ao que é da nossa terra! Apesar de quê, chamar José Pacheco de estrangeiro soa-me estranho, ele é tão brasileiro, tão mineiro, tão nosso!
O “portuga” franzino, o “Zé” – como gosta de ser chamado -, de fala mansa e contador de anedotas de português, mas que também possui um bom acervo de piadas de mineiro e gaúcho, conhecedor da nossa História como poucos, que no Brasil é torcedor da Portuguesa – mas se diz simpatizante do BOA –, vegetariano por ideologia, mas que come carne quando não há outro jeito, apreciador de uma sopa de legumes levemente apimentada (Mari como sempre foi precisa), ex vereador e ex prefeito de sua cidade, amigo pessoal de Rubem Alves e outras celebridades, que se diz um religioso sem religião, considerado o Embaixador da Moderna Educação, da aprendizagem livre, permaneceu em solo varginhense por algumas horas apenas, disseminando a Boa Nova da “consciência humanística”, nos fazendo lembrar da parábola do semeador que saiu à semear. No entanto algo me diz “pá”, considerando que acaso não existe, que Varginha nunca mais será a mesma depois desse 20 de agosto. Obrigado Pacheco!

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