Voluntariado: Abrace essa prática

No Ecoetrix ser voluntário tem se mostrado mais do que uma simples troca de conhecimento, mas uma oportunidade para o desenvolvimento da comunidade

Uma via de mão dupla na qual as duas partes se beneficiam.  Assim pode ser definida a prática do voluntariado. De um lado ganha a comunidade, instituição ou associação que recebe uma turbinada em suas ações. Do outro a pessoa que doa parte de seu tempo para realizar determinado trabalho ganha em troca calor humano, convivência com pessoas diferentes, oportunidade de aprender coisas novas e a alegria de se sentir útil.

Filantropia na prática

Robson (a esq.) é voluntário na construção de um sonho

O voluntariado tem sido adotado no Ecoetrix Parquescola em São Tomé das Letras e mostra resultados.  Pessoas das mais diversas partes do país já colaboraram voluntariamente na construção do complexo que teve início há quatro anos. Esse é o caso do engenheiro Florestal Robson Belli, ele veio de Santa Catarina para uma troca de conhecimento. “Aqui (no Parquescola) a troca de experiências é grande, cada um é livre para ensinar ao outro, aprendemos a conviver, lidar com as diferenças, aceitar a opinião do próximo. A relação toda é focada na cooperação e na união diferente do modelo individualista que estamos acostumados.” Mais do que permutar saberes o engenheiro deixa claro que o fato que o levou ao Ecoetrix é a crença em algo mais elevado. “Conheço o Parquescola há algum tempo. Além de vir vivenciar um novo conceito ajudo no grande sonho de criar uma escola diferente pautada em valores mais humanos.”, conclui.

Melhorar a condição do ensino em São Tomé das Letras
motiva encontros de educadores locais.

Espaço de convergências

Concentrar esforços em prol de um objetivo maior é o que motiva a construção do Parquescola conforme revela Max Tovar, idealizadora do projeto. “Nós somos movidos por sonhos e no caso do Parquescola, o sonho, que vem se materializando a cada dia, é favorecer a comunidade com um espaço dedicado ao aprendizado.”, refere-se ao local, que após concluído irá abrigar uma escola.

A futura ‘Escola Orgânica’, como vem sendo chamada, além de atender uma necessidade local também já recebe os benefícios do voluntariado. A musicista Ana Ruivo juntamente com outras educadoras reúnem-se voluntariamente tendo em vista colaborar com as atividades na futura escola. “A ‘Escola Orgânica vem para suprir uma necessidade latente das crianças de terem outra educação (diferente do modelo atual), já que elas não têm suas aptidões valoradas na escola tradicional. As crianças vão ter a possibilidade de ser quem realmente são em sua integridade e coesão com o mundo.”, explica revelando sua motivação.

 Na região Sul de Minas o Ecoetrix Parquescola tem mostrado o real significado da palavra voluntariado. Boa parte de sua estrutura tem sido erguida graças a boa vontade de pessoas que compartilham de um mesmo ideal e para corroborar contribuem com parte de seu tempo para a realização da obra. “O parquescola é de Anas, Robsons, Marias e Josés. Um espaço co criado por centenas de pessoas e que já cumpre seu propósito de transformação conforme temos visto com tanto trabalho espontâneo.”, finaliza Max Tovar.